segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ei, you!

"O Haiti pediu ajuda, a natureza fez o mundo escutar"

Não, não é um desses posts de sermão ao mundo, dizendo que só agora as pessoas atentaram pra esse país que sempre foi miserável... apesar de isso ser verdade e de eu me incluir nesses muitos que nunca olharam para aquele lugar...
Na verdade, eu só queria comentar sobre um documentário, que anda passango no GNT, sobre o Haiti antes do terremoto. O interessante é que ele foi gravado um mês antes da tragédia, e apesar de eu estar morrendo de sono, me segurei um pouco no sofá pra assistir, não peguei totalmente todas as falas e tudo mais, mas grande parte me prendeu de verdade.
O fato é que a tragédia já existia, mas ninguém via, aliás, lá, tudo era visto como normal. É quase um modo de vida tribal, sabe? Não parece haver amor às pessoas, mas existe o instinto da sobrevivência e da hierarquia!
Dá pra imaginar um país quase sem energia? Um país no qual a energia é revezada entres o bairros? Claro, os ricos de lá são podres de ricos, com certeza a energia é constante pra eles... não tô falando mal dos ricos, porque muitos fazem por merecer, mas falo mal dos governantes que não sabem (ou não querem) distribuir a renda...
Algo que me chamou a atenção foi a situação dos 'restavek' (tipo uma redução de 'fique com você' em francês). São crianças, as quais os pais não tiveram condições de criar (novidade ¬¬ aqui no Brasil não tá diferente) e são entregues a outras famílias. O problema é que essas crianças são tratadas como escravas! A distribuição de alimento é uma coisa ridícula... uma parte vai pro pai, outra pra mãe, o resto pras crianças... o resto do resto vai pros 'restavek'.
Pra piorar essas situação, as mulheres só vão tendo filho e mais filho, só pra receberem proteção e moradia do pai desses bebês... acho que isso até fica meio explicado =/
Mas o interessante foi ver o trabalho dos brasileiros naquele país. Não é a toa que a esposa de um dos militares disse, na frente dos políticos presentes, que aqueles militares mortos eram os verdadeiros brasileiros louváveis. E são! Me dá nojo ver essa gentinha que infelizmente governa nosso país, enquanto os verdadeiros heróis (isso mesmo, são heróis) estão lá, dando o peito pra ajudar! Mesmo antes do terremoto, os militares brasileiros da ONU ajudavam na educação dos haitianos na medida do possível, faziam a segurança e tudo mais... além disso, há uma ONG... creio eu que é uma ONG... que dá trabalho aos moradores de lá em plantações, em replantios de árvores... bato palma.

É isso, só me envergonho ainda da minha incredulidade... acho que muitos locais só irão receber apoio se sofrerem tragédias como essa =/
Um clichê pra finalizar: A Esperança é a última que morre =]

Só as calouras! uh uh uh uh uh

Esse post é dedicado a NÓS meninas! As calouras mais 'burras' do Sagrado, hehehe ^^
Amo vocês! E parabéns pra gente, futuras bióloga, socióloga, veterinária, arquiteta e engenheira ^^

PS.: ainda tenho 6 meses de férias... vou poder começar meu Pilates, hihihi
Ahh, perdi meu vestido e meu sutiã nessa brincadeira ¬¬

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Espelho

Eu tava aqui pensando no título desse texto... como provavemente ninguém vai ler (o que de certa forma me dá alívio, é gostoso escrever pra si mesmo), não vou me importar se isso ficar brega, hehehe... mas acho que a gente tem um relacionamento consigo mesmo como um espelho. Até certa idade, o espelho fica um pouco embaçado, você sabe que é você, mas não exatamente como você é.

E esses dias eu tenho pensado em como minha vida, nos últimos meses, tem mudado (acho que o espelho tá bem menos embaçado). Eu nunca havia mudado de escola, nem de casa, nada! Era quase sempre a mesma coisa. Claro que teve quando eu me converti, mas isso já faz parte de mim desde os 12 anos... Mas agora, saí do colégio, passei pra uma das melhores universidades do país na melhor engenharia dessa universidade. Tenho seis meses de férias ainda, vou fazer uma cirurgia que vai mudar um pouco meu rosto, vou tirar carteira de habilitação... até meu lado afetivo mudou. E eu sinto que aos poucos tô mudando também. Eu não quero deixar de lado a criança que eu sempre tive dentro de mim (e nunca vou deixar), mas eu tô ficando mais... não sei a palavra certa, mas 'grande' ^^' não dá muito pra descrever como é, mas tô me conhecendo melhor, ficando mais eclética, deixando de lado o jeito cabeça-dura de um pré-adolescente. Deixando algumas crises de lado... eu não preciso mais seguir moda alguma pra me sentir 'por dentro', não preciso tanto que os outros me aprovem mais, não preciso seguir nenhuma ideologia e muito menos estar por dentro da mais nova tecnologia ou da mais nova 'música cool' (aliás, convenhamos, as músicas antigas dão de mil!). Tô aceitando meu jeito estranho, aceitando que não sou como a maioria (não, eu não adoro 'pegar', nem super baladas, nem ser rebelde ou coisas assim... aliás, amo ser obediente... estranho, não? E isso, inclusive, me dá liberdade... é, estranhaço!).
Eu tô me aceitando e vendo quem eu quero ser, parece uma decisão... eu não vou mais ficar horas com auto-piedade, muito menos me sentir abandonada (necas!), muito menos ficar chateadinha com pouco e nem deixar o desânimo me tomar... e vou deixar esse excesso de responsabilidade... e principalmente, quero ser mais íntima de Deus, é a maior loucura, quanto mais eu faço isso, eu sei que mais livre eu pareço pra mim =]
Mudar às vezes dói, mas é bom... corrigindo: mudar dói, mas no final, é ótimo quando mudamos pra melhor!